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Supermercado

Às vezes uma simples ida ao mercado acaba se tornando um evento. Principalmente depois de um certo tempo de casado, quando o ritual de “fazer as compras do mês” vira pretexto para almoçar na praça de alimentação do shopping ou comer um simples lanche rápido no Burger King.

Confesso que não curto muito essas refeições de shopping, a profusão de cheiros misturados me incomoda muito, mas a praticidade realmente compensa. Principalmente quando o supermercado escolhido para fazer as compras é no próprio shopping.

Eu sempre sigo uma estratégia não tão infalível para fazer compras, aprendi com um conhecido:

— O segredo para economizar no supermercado é fazer compras de barriga cheia, sem fome a gente não cai na tentação de comprar besteiras desnecessárias.

Nunca esqueci desse ensinamento milenar, que carrego comigo até hoje.

Dentro do supermercado, magicamente, minha digníssima se lembra de milhões de produtos que segunda ela estamos precisando. É cheirinho disso, sachê para aquilo, difusor para aquilo lá, e antes mesmo de sairmos da seção de produtos de limpeza a conta já ultrapassou os trezentos reais.

Uma ferramenta essencial na ida ao mercado é a calculadora, com ela em mãos já vou somando tudo para não ter surpresas na hora de passar no caixa. Cada um tem uma função nessa tarefa. Ela escolhe tudo o que será comprado, eu empurro carrinho, dou um palpite aqui, outro lá e vou somando tudo.

Em dias de preços tão altos e produtos feitos para enganar o consumidor, como a ultrajante mistura láctea condensada, todo cuidado é pouco. Todo dia tem alguma marca tentando nos vender gato por lebre.

Quando finalmente passamos pelo caixa, olhamos um para o outro como soldados que sobreviveram a mais uma batalha. Saímos carregados de sacolas e promessas vazias do tipo “da próxima vez a gente compra menos”. A gente sabe que é mentira, mas, no fundo, o autoengano também é parte da tradição.

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